O Conselho de Administração do Banco de Exportação-Importação EUA (EXIM) aprovou hoje um financiamento de cerca de 900 milhões USD ao Ministério da Energia e Águas angolano para apoiar a construção de duas centrais de energia fotovoltaica em Malanje (Laúca) e Ícolo-Bengo (Catete), projectos que serão implementados pela SUN AFRICA e pela OMATAPALO.
Os trabalhos para a construção das duas centrais que, em conjunto, somam cerca de 840 mil painéis fotovoltaicos, com um total de 500 MW de capacidade instalada, terão início já no próximo mês de Julho, contribuindo para a criação de cerca de 1.600 empregos directos e indirectos, maioritariamente de nacionais. A central de Catete (104 MW) deverá estar concluída em 2025 e a de Laúca (400 MW), em 2026, prevendo-se que tenham uma vida útil na ordem dos 25 anos.
Os projectos, que haviam sido formalmente anunciados à margem da Cimeira do G7, em 2022, pelo Presidente da República, João Lourenço, vão permitir a Angola reforçar o acesso a fontes de energia limpa, contribuindo para que o país cumpra os seus compromissos climáticos e energéticos, no âmbito do Angola 2025, apoiando ainda as exportações de painéis solares, conectores, interruptores, sensores e outros equipamentos dos EUA.
A central fotovoltaica de Laúca, que ficará próxima da barragem, vai gerar energia durante o dia, permitindo poupar recursos hídricos para a produção noturna; já em Catete, a central irá permitir reforçar a produção de energia eléctrica, apoiando as comunidades e o crescimento do setor industrial na região.
“Estamos orgulhosos de participar neste importante projecto, que aumentará o acesso à electricidade nas comunidades angolanas utilizando tecnologia de energia limpa”, afirma a Presidente e Directora do EXIM, Reta Jo Lewis, num comunicado da instituição.
O financiamento do EXIM a estes projectos está alinhado com a Parceria para Infra-estruturas e Investimento Global (PGII, no acrónimo inglês) do Presidente Biden, que visa promover o desenvolvimento de infra-estruturas digitais e energéticas a nível global, e enquadra-se no Programa de Exportações Transformacionais e da China (CTEP) do EXIM, uma iniciativa do Congresso norte-americano para apoiar os exportadores dos EUA que enfrentam a concorrência estrangeira da China.
“A protecção do ambiente e a melhoria das condições de acesso dos angolanos a fontes de energia, em especial, renováveis, são hoje temas centrais, para os quais a OMATAPALO deseja continuar a contribuir, prestando simultaneamente apoio ao desenvolvimento de infra-estruturas críticas, como estradas, escolas e hospitais, nos locais onde actuamos, e à formação das populações”, afirma Carlos Alves, presidente do Conselho de Administração da OMATAPALO.
